quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ontem fomos à consulta

E está tudo óptimo com a nossa menina. Ouvimos o coração a galope e isso traz-nos uma tranquilidade...
Levei todas as minhas questões num post-it (o gino já está habituado e já se ri):
- azia: vou tomar um leite de magnésio
- dormir de barriga para cima: afinal posso, pelo menos durante mais algum tempo
- liquido nas mamocas: já são vestígios do colostro, nada de estimular
- aceleração do coração: é normal, sintomas de gravidez.
Ou seja, está tudo óptimo com a mamã e com a nossa Princesa. Agora só a voltamos a ver a 7 de Janeiro, uma eternidade...

Ontem também fui a mais uma aula de yoga e sai de lá bem mais relaxada. O centro vai-nos oferecer uma fotografia no Natal , por isso, hoje fui mais o paizão tirar uma foto a três. Quando a receber coloco aqui o resultado...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

26 semanas = 6 meses

E assim, chegámos até aqui …

Tal como a maioria dos casais sempre sonhámos em ter um filho, o que nunca pensámos é que com esse desejo iniciaríamos uma luta contra a INFERTILIDADE.

No meio de muitas indecisões, e espera por uma situação estável no emprego, decidimos que a partir de 13 de Julho de 2005 o comprimido branco iria desaparecer das nossas vidas durante uns meses. Nunca pensámos foi que fosse durante tantos meses…

Os primeiros meses, acreditem ou não, foram os que mais me custaram a aceitar. Como é que era possível, eu ainda não estar grávida? Isto não me devia estar a acontecer…

No entanto, os meses foram passando e em Março de 2006 decido ir ao meu ginecologista que me receita o Dufine e saio de lá convicta que nos próximos 6 meses, no máximo, já lá iria entrar num estado de graça.

Mais uma vez os meses passam e a gravidez teima em não surgir. Em Julho do mesmo ano falo com o meu médico, após mais um teste negativo, e digo-lhe que quero avançar com os exames pois não estava a conseguir lidar com estas incertezas.

E lá vamos os dois: análises especificas, o famoso espermograma, e a histerosonosalpingografia (exame ás trompas, uma delicia). Os campeões do paizão estavam em forma, mas as minhas trompas estavam obstruídas. Após um exame custoso, vejo a cara de um médico com um ar de “nem sei o que lhe diga”.

Perante este cenário o nosso ginecologista encaminha-nos para uma médica de Infertilidade, Dra Daniela Sobral, que após análise dos exames me diz o que eu não estava preparada para ouvir: “não pode ter filhos naturalmente, terá de recorrer à fertilização in vitro(FIV)”. Foi um balde de água fria, ou melhor, gelada!
Será que não havia nada a fazer pelas minhas trompas?! (Era aqui que eu me devia de ter debatido melhor!)
Mas no dia seguinte já estávamos a contar os tostões e a colocar hipóteses para arranjarmos o dinheiro para o nosso primeiro, e pensávamos, único tratamento.
Paralelamente a este tratamento que iria ser feito na Cemeare (particular) optámos por nos inscrever nas consultas do Hospital de Santa Maria (HSM) e na Maternidade Alfredo da Costa (MAC). Mas o panorama não era nada animador, a 1ªconsulta no HSM tinha uma lista de 10 meses e na MAC para fazer um exame esperávamos 3 meses e o que nós pretendíamos era entrar para uma lista interminável de casais que terão de recorrer à FIV.

Em Setembro de 2006, após muitas picas na barriga (éramos autênticos enfermeiros), análises e ecos, fizemos a nossa FIV, de onde resultaram 16 óvulos. Após a punção soubemos que tínhamos 6 estrelinhas fantásticas que poderiam vir a ser os nossos filhos. A transferência de 2 embriões foi um momento emocionante, nem sei descrever, e perante tanto optimismo da médica pensámos que iríamos finalmente ter os nossos, ou nosso, filhotes. Após 14 dias de longa espera recebemos o fatídico resultado da análise ao sangue: Negativo. Foi uma desilusão daquelas!

Mas como tínhamos 4 embriões congelados pensámos que à segunda seria de vez. E em Dezembro do mesmo ano lá vamos nós, cheios de expectativa. Ao chegarmos à clínica fomos informados pela médica e pela bióloga que apenas 1 embrião tinha sobrevivido à descongelação e que mesmo este estava em más condições. Apesar disso decidimos fazer a transferência, mas o desfecho foi mais uma vez o mesmo: Negativo!

Em Janeiro de 2007 vamos à MAC para ficarmos inscritos na tal lista de espera. Já tínhamos repetido todos os exames (sim, porque um espermograma feito no particular não é válido nos hospitais públicos…) e tinha chegado a nossa vez de sermos admitidos nessa famosa lista de casais cheios de expectativas. O médico responsável, Dr. António Neves, inscreve-nos na lista de espera e diz que daí a um ano e meio seremos chamados. No entanto, mostro-lhe o exame ás trompas e peço-lhe para fazer uma laparoscopia (cirurgia em que se faz um exame mais profundo ao aparelho reprodutor da mulher) enquanto aguardo na lista. Após uma análise a esse exame (o único que não temos de repetir nos hospitais públicos) o médico diz-me: “você vai repetir este exame, porque eu não estou a concordar com ele”. Fartei-me de chorar, pedi ao médico para não me fazer isso porque tinha sofrido muito da primeira vez, e ele explicou-me que como me custou muito o exame não ficou acabado e que um novo exame me poderia trazer surpresas. Para eu ficar mais calma, ele dá autorização para a Dra Daniela me fazer o exame e inscreve-me, em simultâneo para FIV.

Em Fevereiro lá vou eu fazer o exame, com um cocktail de comprimidos para as dores em cima, e tenho a maior das surpresas: as trompas a partir daquele momento ficam perfeitas e completamente desobstruídas, ou seja, acabou-se o problema em engravidar espontaneamente! Foi um misto de emoções: por um lado ficámos muito felizes, mas por outro vieram as questões e as dúvidas.

No mesmo mês após um atraso na menstruação e um teste negativo vou à Dra. que me marca uma indução de ovulação mas só depois de me aparecer o meu amigo odioso. Como este teimava em não aparecer, lá fomos nós fazer um teste de gravidez: tivemos a maior surpresa das nossas vidas um POSITIVO!!
Ficámos muito felizes e na mesma semana vimos o saquinho gestacional na ecografia. Contámos ao mundo a boa nova: finalmente também íamos ter o nosso bebé!

Mas a alegria durou muito pouco e ás oito semanas soubemos que o embrião tinha parado de crescer… A alegria depressa se transformou em tristeza, e mais dolorosa que a dor física, foi a dor de perder aquela estrelinha que tínhamos desejado tanto…

Em Junho de 2007 decidimos ir apanhar novos ares, mal sabíamos nós que já levávamos companhia… a nossa estrelinha desejada!

Vivemos uma alegria muito contida, e só após a ecografia das 12 semanas, começámos a partilhar a nossa felicidade. Nesta altura, são os movimentos da nossa filha que nos fazem acreditar que a estrelinha está cá e que o sonho é real.

Não posso deixar de realçar que este percurso me permitiu:

- Ter a certeza de que tenho ao meu lado um ser humano muito especial que é, sem dúvida, a pessoa que eu quero para pai dos meus filhos;

- Conhecer na primeira pessoa o outro lado da Infertilidade e do Aborto, e com isso pessoas fantásticas, que embora de uma forma virtual me acrescentaram, e acrescentam, muito á minha vida;

- Dar um valor inestimável a tudo o que esta gravidez me proporciona;

- Tornar-me uma pessoa mais forte, sem a mínima dúvida.
Obrigada a todos aqueles que me apoiaram e que me ajudaram a chegar à: Estrelinha desejada!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

As primeiras compras


Ontem fomos encomendar a cama e o carro para a nossa Princesa. Digam lá se não é um espectáculo!
O quarto vai ficar todo em verde e rosa! O paizão já está a ficar preocupado com tanto verde, é que cá em casa a cor futebolística é outra :) mas eu confesso que gosto muito da conjugação das duas cores. Quando o quarto começar a tomar formas coloco aqui fotografias para vocês irem acompanhando.

sábado, 17 de novembro de 2007

É desta!


Já há muito que andava a prometer e nunca mais me decidia... A partir de agora vão poder acompanhar o crecimento da minha PRINCESA e todas as maluquices desta mamã de 1ª viagem. Deixo-vos esta foto tirada com 18 semanas porque é das minhas preferidas...
Hoje faço 25 semanas e estou a passar a melhor fase da minha vida. É mesmo verdade tudo o que nos dizem, ou ainda melhor!
Mesmo com todos as mudanças de humor, todo o choro sem explicação, sentir os pontapés da minha filha é inexplicável. Sinto-me cheia! Adoro estar grávida!
Fica a promessa de que um dia destes faço o flashback por toda a minha viagem até conseguir alcançar a minha estrelinha.