terça-feira, 29 de abril de 2008

quarta-feira, 23 de abril de 2008

2 meses e um miminho aos padrinhos


Hoje a princesa faz 2 meses, mas eu não me portei muito bem porque a prenda que lhe dei foram: 2 vacinas :) A princesa portou-se muito bem e saiu do consultório toda bem disposta. Agora tem estado a dormir, vamos lá ver como reage...
Senti mesmo a cumplicidade entre nós, parece que o meu colinho fez logo com que ela melhorasse...

Aproveito também para deixar um miminho da Inês aos padrinhos. São duas pessoas muito especiais e que eu tenho a certeza que a vão acompanhar durante a vida dela. A prova disso foi todo o apoio que nos deram na fase tão dificil a seguir ao nascimento da princesa: Obrigada!




segunda-feira, 21 de abril de 2008

Confesso: Completamente dependente deste sorriso

Uma verdadeira delicia... a minha princesa. Sou uma babada!

Sabem que eu antes da Maria Inês nascer dizia que iria manter todo o meu estilo de vida, poderia abrandar um pouco, mas certamente iria manter algumas saidas, jantares. No sábado à noite estive um pouco no café (1 hora) e estava desejosa de chegar ao pé da minha menina. Inclusivé, a minha mãe no próximo sábado era para ficar com ela durante a noite, mas já desmarquei tudo: estou muito dependente da minha princesa! Será que isto melhora?

Nota: Esta noite a princesa dormiu das 23:15 até às 6:50 - Quase 8 horas!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Tem sido dificil vir dar noticias...

Tem sido cada vez mais dificil vir dar noticias nossas... A Maria Inês tanto está assim:

como por magia:

Mas vale a pena, é só ela fazer aquele sorrisinho.

Algumas novidades:
- a semana passada fomos fazer uma aula de baby yoga, mas a princesa resolveu chorar o tempo todo. Pelo menos aprendi as posições e temos tentado fazer em casa;
- eu já comecei a ginástica pós-parto para ver se tonifico a barriguinha. O peso já está normal, mas os musculos têm de ser trabalhados. Na ginástica disseram-me que não posso pôr creme anti-celulite...;
- a princesa adora estar toda descascada e o banhinho;
- já somos brindados com sorrisos e sons em resposta às brincadeiras;
- continua a mamar muito bem, muitas vezes, como senão houvesse amanhã;
- parece-me que vai ser mais caseira que os papás (somos uns galdérios). No sábado fez-nos uma fita no restaurante chinês...
- Mas esta noite dormiu 5 horas seguidas.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O parto - a 2ªparte - Cinzenta


Eu nem queria acreditar, mas pensei que seria apenas um instante e que brevemente estaríamos ali os três a curtir a nossa felicidade, mas não foi...
Mal chego à sala de partos, cerca das 18:00, vem o Dr. com mais uma médica e com o anestesista. Tentam a todo o custo verificar de onde vem a hemorragia, trazem a máquina da ecografia, mas aparentemente o útero está a contrair e o Dr. diz que na opinião dele o sangue vem da zona do períneo, de um vaso sanguíneo. Estão a imaginar aquelas cenas da série do Serviço de Urgência (eu era fã e agora não consigo ver) em que o doente está rodeado de médicos a tentarem descobrir o que devem fazer, mas ali o doente era eu.

Eu olhava para o Dr. e via-o a suar enquanto me voltava a coser. O efeito da epidural começava a desaparecer e de tanto me carregarem no útero, eu parecia que tinha uma nódoa negra enorme na barriga. O anestesista volta a dar-me reforço mas desta vez, deixei mesmo de sentir e conseguir fazer qualquer movimento com as pernas. Eu só perguntava o que é que se estava a passar e olhava para a cara de pânico do Dr., eu bem tentava que ele me dissesse alguma coisa mas nada. Tentava descortinar a gravidade na cara das enfermeiras e auxiliares e ficava ainda mais preocupada, porque o semblante de todas as pessoas era pesado.

Começo a ser picada para me fazerem a 1ª ronda de análises (ainda hoje tenho marcas nos dois braços de tanto ser picada nesses dias). Enquanto esperavam pelos resultados das análises o Dr. colocava-me compressas para tentar estancar o sangue e gelo. O anestesista liga para o laboratório muito preocupado para saber os resultados e é com eles que decidem que me irão dar as 3 unidades de plasma. Vejo a preocupação na cara do anestesista ao injectar-me o plasma directamente na veia.

Eu tentava a todo o custo manter-me calma e pensava que dentro em breve sairia dali, pois tenho ideia de que se me deixasse levar na situação entraria em pânico. Nessa altura deixam entrar o meu marido e quando eu lhe explico o que se está a passar e que inclusive estou a aguardar por uma unidade de sangue ele apercebe-se da gravidade da situação. É que a única coisa que lhe foi dita, a ele e a toda a minha família, era de que estava tudo controlado e que o problema era apenas um vaso sanguíneo mas que estavam apenas a aguardar por um medicamento...

As enfermeiras cobrem-me com um cobertor eléctrico enquanto estou a receber a transfusão e repetem-se as análises. A minha hemoglobina chegou aos 6 (penso que o mínimo são 12, por isso imaginem)... Quando chegam as 2ªanálises decidem fazer nova transfusão de sangue e aí o anestesista começa-me a dizer que eu terei de ir passar a noite aos cuidados intensivos, porque na parte de obstetrícia não tinham condições para vigiarem a situação mas que de manhã eu regressaria ao quarto onde ficaria com a minha menina. Ouvir aquilo foi como se me mandassem com um balde de água gelada numa altura de tanta felicidade.

Eram cerca das 11.30 da noite quando saio do bloco e me encaminham para a UCIP (Cuidados Intensivos), mas a caminho deixam-me dar um beijinho à minha menina. Foi dos momentos mais tristes da minha vida, senti-la e ter de a deixar logo de seguida...
Ao chegar ao UCIP dizem-me que o meu marido não pode ficar comigo e aí ainda fiquei mais desesperada. O Dr. vai comigo e diz-me: "Amanhã de manhã já sai daqui". Mal entro começo a ouvir pessoas a gemerem e com um aspecto muito debilitado, mas penso para mim: "Eu vou ter força e amanhã já cá não estou!".
À minha frente tinha um relógio de parede onde eu via passar cada minuto. Foi a pior e a mais longa noite da minha vida!
Entre dores, sede (o enfermeiro dava-me um pauzinho com gotas para eu ir chupando) e muitas hemorragias (eu não sei como tinha tanto sangue), nessa noite, existiu ali uma altura em que eu pensei: "Isto vai acabar aqui!". E instantaneamente pensei que se algo acontecesse, a minha filha estaria nas melhores mãos possíveis. Ainda hoje eu acho que devo ter delirado toda a noite porque a calma que me invadiu não é normal dada a situação.

Mas amanheceu e eu estava ali pronta para me levarem para ao pé da minha princesa. A claridade que vinha da rua deu-me um novo alento.

Há uma mudança de turno e as enfermeiras dão-me um banho que me soube pela vida. Fazem-me novas análises e o Dr. vem ter comigo e diz-me que dado o valor das análises vou ter de fazer nova transfusão de sangue mas que no final do dia já irei para ao pé da minha menina... Explica-me também que tudo leva a crer que eu tenho um problema de coagulação com o meu sangue, que quando saísse dali teria de ir fazer exames para verificar os factores de coagulação. Esta foi a explicação que eu ouvi de todas as pessoas do hospital!

Houve uma altura em que comentei com uma auxiliar que tinha as mãos com uma cor estranha (era um amarelo mas que tendia para o transparente) e ela diz-me: " Mas já está muito melhor. Quer ver?" e coloca-me um espelho à frente. Eu nem queria acreditar, eu estava completamente desfigurada... E pelos vistos estive bem pior porque nessa fase já ela me achava melhor...

Durante essa tarde a minha família foi-me ver e vi na cara deles o pânico de me verem naquele estado... O meu maridão estava de rastos e mais uma vez eu consegui-me surpreender pois quem lhes dava força era eu. Hoje sei que o meu marido falou com o médico responsável pela UCIP que lhe disse que eu corri risco de vida.

Ao final da tarde repetem-se as análises e a hemoglobina teima em subir muito pouco, fazem-me uma nova transfusão de sangue (no total foram 4) e o Dr. diz-me que à noite irei para o quarto. Estávamos todos contentes, finalmente iríamos passar a nossa primeira noite a três. O B. telefona a toda gente, mas enquanto isso, o médico responsável da UCIP vem falar comigo para me dizer que eu iria passar ali mais uma noite, pois ele ainda não estava confiante com o valor das análises...

Eu nem queria acreditar, outra noite ali... a olhar para aquele relógio... Quando o B. chega todo contente a pensar que iríamos sair dali e eu lhe digo que não foi um choque, mas lá o convenci dizendo que também preferia, que era melhor, no fundo eu também não me sentia bem para passar uma noite sem ser vigiada...

Para terem uma ideia do que eu vivenciei na UCIP, nessa noite, o B. teve de sair mais cedo da visita porque uma senhora que estava em fase terminal teve de ser submetida a uma intervenção para respirar e corria o risco de não passar daquele momento...

Mas, mais uma vez amanheceu, e após a picada do costume disseram-me que eu ia sair dali. O B. estava à minha espera cá fora e lá seguimos para o quarto. Ele vai buscar a nossa filha e finalmente estamos ali os três.

Na terça-feira mudo para um quarto no andar de cima onde me levanto pela primeira vez com a ajuda das enfermeiras e levo uma dose de ferro.
No dia seguinte fazem-me novas análises e o Dr. diz-me que me vai mandar para casa, nessa altura a minha hemoglobina estava a 8,1, mas que eu não posso fazer nada, tenho de agir como se estivesse no hospital e que a pouco e pouco a hemoglobina irá recuperando...
No fundo eu sentia um misto de sentimentos, e ao mesmo tempo que me sentia feliz em sair dali também me sentia muito debilitada para vir para casa. Na minha cabeça só me surgia o porquê de toda aquela situação!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

terça-feira, 1 de abril de 2008

2ª Consulta no Pediatra




Não fiz o relato da 1ª consulta, mas posso-vos dizer que fiquei apaixonada pelo médico, no bom sentido claro! É o Dr. Correia Simões na Amadora. O Dr. já deve ter à volta de uns 70 anos, mas eu gosto muito dele, é muito disponível e, apesar da idade, muito actual.

A Maria Inês já tem 4,050Kgs e 53 cm. Eu até pensava que ela tivesse mais...

Vou-vos contar as minhas dúvidas e respectivas respostas do pediatra:

- creme muda fralda: posso por em cada muda porque o creme protege e hoje em dia não são agressivos para a pele. Não devo abusar na quantidade, é apenas um bocadinho...;
- limpar os ouvidos: não limpar;
- marisco: posso voltar a comer. Que saudades! O Dr. só disse para eu da primeira vez comer pouca quantidade, para o caso de se verificar alguma alergia;
- duração do sono durante a noite: o máximo que a Inês fez foram 4 horas seguidas, o Dr. diz que é muito pouco, não por causa dela, mas porque a mamã, eu, preciso de descansar no mínimo 5 horas. A partir de agora vamos tentar aumentar esse intervalo, ele disse para dia a dia tentarmos que ela aguenta mais 10 minutos, pondo-lhe a chucha, falando com ela... Vamos ver como corre;
- entretê-la para que não durma: não o devo fazer. Muitas vezes tentamos que a filhota não adormeça para que durma mais tempo seguido durante a noite, o Dr. diz que isso só irá fazer com que ela fique irritada, devemos deixá-la dormir quando quer, que isso não irá interferir com o sono da noite;
- duração das mamadas: perguntou-me quanto tempo é que a Inês demora a mamar, e eu disse-lhe que não sabia. Então ele diz que na primeira mamoca deve estar 5 minutos, depois ponho-a a arrotar e passo para a outra mama, e aí já pode estar um pouco mais de 5 minutos. Isto irá fazer com que ela engula menos ar e tenha menos cólicas;
- bolsar: o Dr. disse que, fazendo como descrevi atrás, a bebé irá bolsar menos, mas para não me preocupar quando isso acontecer.

Sabia-me tão bem dormir mais que 4 horas... mas o mais importante é que ela está óptima! Agora só lá voltamos a 15 de Maio.