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sexta-feira, 25 de julho de 2008

O parto - 3ª parte - Porquê?


Saí do hospital com indicação de que certamente toda esta situação se deveria a problema de coagulação do meu sangue e que teria de fazer um estudo complexo para se descobrir concretamente do que se tratava... As pessoas, enfermeiros e médicos, olhavam para mim e diziam-me constantemente que eu tinha de ir ver o que se passava, eu quase que me sentia portadora de uma anormalidade muito grande e grave.
Os primeiros dias após chegarmos a casa, foram muito complicados. Eu quase não me podia mexer porque me sentia logo fraca e psicologicamente era complicado não estar e fazer as coisas "triviais" com a minha filha. A subida de leite foi outro pesadelo e para piorar a situação cheguei perto dos 40º de febre. Ligo ao médico (eu saí da CUF apenas com benuron e ferro) e ele pergunta-me a que horas tomei o antibiótico, mas ele não me tinha receitado nada... Diz-me que alguém tem de ir ter com ele na altura porque eu devia ter saído com antibiótico!
Antecipei a consulta pós-parto porque um dos pontos não me tinha caído e tentei obter resposta à minha pergunta:"Porquê?" Mas ainda fiquei mais baralhada.Qual não foi o meu espanto quando o médico me diz que tem quase 100% de certeza de que não existe nenhum problema com o meu sangue e que toda esta situação teve origem num principio de embolia do liquido, ou seja, liquido amniótico ou restos de parto que entraram na circulação do meu sangue ... Mas ele tinha-me dito no Hospital que tinha quase a certeza de que existia um problema com o meu sangue!?
Um pormenor: se fosse realmente esse o problema, a embolia, não existira forma de o provar. Ainda por cima o Dr. disse-me que nunca tinha vivenciado essa situação...
Posto isto, fui a um hematologista que me diz ter quase 100% de certeza de não existir problema com o meu sangue e que às vezes existem situações nos partos que não se conseguem explicar.... mas mesmo assim, prescreve-me várias análises. Já as fiz e os meus factores de coagulação estão dentro da normalidade.
Sabendo que tenho de viver com a incerteza desta situação e que adorava dar um mano/a à Inês decidi pedir uma segunda opinião a um outro obstectra. Sim, porque o meu Dr., já me disse que ter um 2º filho seria um risco que eu terei de correr, mas disse que mais tarde falávamos sobre isso.
Consegui esta consulta por especial favor, já que é uma pessoa muito credenciada, onde expliquei que o meu único objectivo era o de conseguir perceber o que aconteceu e não o de prejudicar o meu médico que é uma pessoa de quem gosto muito.Contei toda a história, levei exames, fui observada, fiz ecografia e na opinião deste médico o que aconteceu foi que na altura da expulsão eu deveria ter sido cortada e o Dr. deixou rasgar, como a Inês vinha mal posicionada (tinha a mão junto à orelha) rasgou em demasia, gerando demasiadas lacerações que sangravam e que se ocultavam entre si. Ao tentar coser todas esses rasgões começou a existir sangue a mais e foi impossível dar conta do recado. Um corte teria evitado toda esta situação. E na opinião dele posso ter um 2º filho sem qualquer problema, foi uma situação pontual e que deverá ser tomada em conta mas que não condiciona sequer um parto normal.

E agora como é que eu fico com tudo isto? Claro que fico satisfeita por saber que não tenho qualquer problema, mas acho que merecia que o Dr., face aos anos que convivemos, me dissesse de alguma forma o que é que se passou... Secalhar na próxima consulta já me dá a entender que poderei ter um 2º filho mas não me dirá o que aconteceu...
Agora se me perguntarem quem vai ser o meu obstectra num segundo filho, é incrível mas eu ainda não sei responder a isso... Será que deverei mudar de ares e considerar este novo médico ou devo continuar com o outro, que no fundo sabe o que aconteceu? É uma dúvida que fica a pairar mas que, por enquanto, não precisa de obter resposta!

sábado, 5 de julho de 2008

O Seguro da Médis e o Parto - Parece que me safei

Estou mesmo feliz, esta semana fui à caixa de correio e lá tinha uma carta da Médis. Fiquei logo a "tremer" mas quando abri o envelope até mandei um grito de alegria. Decidi transcrever:
"Em resposta à sua carta ... Solicitámos a separação dos processos clínicos respeitantes ao parto e permanência nos cuidados intensivos, por forma a que as despesas fossem afectas às respectivas coberturas, isto é, o parto à cobertura de parto, e os procedimentos clínicos decorrentes da coagulopatia à cobertura de hospitalização. Disso mesmo demos conhecimento ao Hospital CUF Descobertas, de maneira a anularem a facturação que lhe foi apresentada. Em consequência, iremos emitir o Termo de responsabilidade para financiamento deste período de internamento e demais despesas decorrentes, ficando a seu cargo o co-pagamento de 200€"
Já me ligaram da CUF a dizer que vão efectuar a correcção da factura, à partida irei pagar cerca de 500€, bem diferente dos 3000€ iniciais.
Conclusão: vale a pena falarmos e lutarmos pelos nossos direitos!